Prevenção e Enfrentamento da Violência contra as Mulheres
A cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil. A cada duas horas, uma mulher é assassinada apenas por ser mulher — e a maioria delas é negra. Esses dados alarmantes nos mostram uma realidade dolorosa, mas que precisa ser enfrentada com coragem, informação e ação.
Pensando nisso, o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Oswaldo dos Santos Neves, com apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, criou esta iniciativa para informar, acolher e fortalecer todas as mulheres. Este conteúdo é um convite à conscientização, à prevenção e ao enfrentamento da violência de gênero.
O que é violência doméstica?
Violência doméstica é qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico, sexual, psicológico ou patrimonial à mulher, dentro ou fora do ambiente familiar. É, acima de tudo, uma forma de controle e dominação.
Infelizmente, essa realidade atinge, principalmente, mulheres negras, e acontece em todas as classes sociais, níveis de escolaridade e religiões. O abuso pode ser sutil, como um controle sobre suas roupas ou amizades, ou explícito, como agressões físicas e ameaças.
Os principais tipos de violência doméstica:
Segundo a Lei Maria da Penha, a violência doméstica pode se apresentar de diferentes formas:
- Física: socos, tapas, empurrões, queimaduras.
- Psicológica: insultos, humilhações, ameaças, manipulações.
- Sexual: forçar ou coagir relações, impedir o uso de métodos contraceptivos.
- Patrimonial: destruição de documentos, roupas, objetos de trabalho.
- Moral: calúnia, difamação, exposição pública.
Violência também entre mulheres
A Lei Maria da Penha também protege casais homoafetivos. Mulheres lésbicas vítimas de violência nas relações muitas vezes enfrentam o preconceito duplo: o da sociedade e o dos próprios profissionais que deveriam acolhê-las. É essencial garantir respeito, escuta e atendimento qualificado a todas.
Os efeitos da violência
A violência não atinge só o corpo: atinge a alma, a autoestima e o futuro das mulheres. Pode provocar:
- Ansiedade e depressão
- Síndrome do pânico
- Transtornos alimentares
- Disfunções sexuais
- Tentativas de suicídio
- Homicídios
O lar, que deveria ser lugar de paz, muitas vezes se torna o espaço mais perigoso para a mulher. Crianças e adolescentes também sofrem diretamente, crescendo em ambientes marcados pelo medo e pelo silêncio, o que pode gerar impactos emocionais e comportamentais graves.
Mentiras e Verdades sobre a Violência Doméstica
🚫 “Só acontece com gente pobre.”
✅ Falso. A violência atinge mulheres de todas as classes sociais.
🚫 “Foi só uma briga de casal.”
✅ Falso. A violência não é briga, é crime.
🚫 “Ela apanha porque gosta.”
✅ Falso. Muitas mulheres tentam sair, mas são impedidas por medo, dependência ou chantagens emocionais.
🚫 “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.”
✅ Falso. Precisamos, sim, meter a colher, o telefone, o apoio e a denúncia.
Como agir?
Se você é vítima ou conhece alguém em situação de violência, não se cale. Procure ajuda, denuncie, compartilhe informações. Você não está sozinha.
📞 Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180
Atendimento 24h, gratuito e confidencial.
Este conteúdo é parte da cartilha “Fique Segura: Prevenção e Enfrentamento da Violência contra as Mulheres”, organizada por Edmeire Exaltação, com apoio do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Oswaldo dos Santos Neves.

Muito bom e oportuno